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Maio a ilha dos sonhos










A posĩ̧o da social e a coes̃o social. Temos viagem ̀ Seychelles foi efectu- Partindo desta abordagem, 
de capacitar a nossa populã̧o ada no sentido de conhecer in o Governo de Cabo Verde en- 
Autarquia
atrav́s da formã̧o para que loco um pás sustent́vel com tende que a extens̃o do pro- 

tenha capacidade de receber os um turismo de alta gama que cesso de desenvolvimento 
investimentos e tamb́m temos podemos tirar lĩ̧es e aplicar tuŕstico a outras ilhas do ar- 
que ter a dimens̃o ambiental. na ilha do Maio a partir de ex- quiṕlago, e especialmente ao 
Sem a dimens̃o ambiental, perîncia adquirida e adaptar a Maio - o pŕximo grande obje- 

como nos disseram na visita ̀ nossa realidade.
tivo a atingir pelo feńmeno 
Seychelles, ou seja se tivermos No quadro da sociedade do tuŕstico - seja fundamentada 
problemas a ńvel ambiental desenvolvimento tuŕstico das
em pressupostos diferentes 

ño haveŕ desenvolvimento e das que cimentaram o desen- 
ningúm visitaŕ o nosso pás e volvimento das outras ilhas e, 
nesse caso a ilha do Maio.
para isso, pretende-se execu- 
tar um projeto que permita a 

Ńs temos a conscîncia de que de nĩ̧o deste novo paradig- 
h́ alguma ansiedade da parte ma, capaz de consolidar um 
da populã̧o maiense, porque a turismo de alto poder aquisi- 

ilha tem estado isolada do mun- tivo que deseja descobrir as 
do e do pás ao longo dos anos.
muitas singularidades que o 
arquiṕlago apresenta, para 
Em relã̧o a quest̃o dos trans- aĺm do seu ativo "sol e praia".

portes quer maŕtimos e áre- 
os, j́ suavizou um pouco, mas De acordo com o Ministro 
precisamos neste momento de Joś Goņalves, “A semelhan- 
N
a sua interveņ̃o, o Pre- mais acessibilidades externas.
̧a das Seychelles, temos que 
sidente da Ĉmara Mu- de nir o tipo de turismo que 
nicipal do Maio, Miguel Rosa
Precisamos realmente de criar queremos oferecer. Ño ́ por 
condĩ̧es, neste caso a requali- acaso que na Seychelles o cus- 
disse o seguinte:
 cã̧o do porto, para que pos- to de um dia num hotel de 4 es- 
“Podemos dizer hoje que a Ilha samos receber navios de grande trelas, seja igual a uma estadia 
porte e tamb́m queremos que a em Cabo Verde durante uma se- 
do Maio est́ a viver o momento situã̧o área seja mais e caz, ilhas da Boa Vista e Maio, j́ se mana incluindo os transportes, 
mais interessante da sua his- fez estudos, ensaios e projec- 
t́ria. A Ilha tem sido visitada mais frequente para que possa- ̧̃es e podemos concluir que como tamb́m ño ́ por acaso 
por investidores, por potenciais mos daqui h́ tr̂s anos (durã̧o que os turistas saem de Paris, 
do nosso mandato) ter um de- ambas as ilhas t̂m condĩ̧es com 8 horas de voo para as Sey- 
investidores e estamos numa semelhantes, praia, mar e sol.
fase muito interessante, numa senvolvimento na ilha do Maio, chelles e mais 6 horas de barco 
fase de escolher os investido- que possa ser uma refer̂ncia no No caso da Boa Vista com a ex- para uma ilha remota, portanto 
res. Acho que ńs temos a sorte conjunto das ilhas, ño no sen- qual ́ o segredo desta oferta.
tido competitivo, mas sim no perîncia da ́ltima d́cada, o 
e a oportunidade de sermos ńs modelo de turismo de massas 
a escolher os melhores investi- sentido de colaborarmos para est́ a desenvolver um turismo ́ simples, os governantes das 
dores.
ajudarmos mais o pás.”
Seychelles d̃o primazia a con- 
demasiado acelerado para que servã̧o do meio ambiente, 
se possa de nir estrat́gias de 
E quem s̃o os melhores inves- A vis̃o do sustentabilidade.
a economia azul, inclusive as 
tidores?
́reas protegidas est̃o sob a 
Governo
protȩ̃o do Presidente da Re- 
Por isso entendemos que na ilha ṕblica.
Os melhores investidores ser̃o do Maio devemos diversi car a 
aqueles que estar̃o em sinto- oferta tuŕstica, mas tamb́m Portanto s̃o essas as experi- A
posĩ̧o do Governo sobre
nia com a vis̃o que temos para ̂ncias que adquirimos e que 
acautelar das situã̧es que queremos partilhar e ver como esta quest̃o, de acordo 
o desenvolvimento da Ilha do estamos a ter noutras ilhas. Te- com o Ministro do Turismo e 
Maio.
mos a sorte de Cabo Verde ser podemos usar essa experîn- Transporte, Joś Goņalves.
um pás est́vel, um destino que cia dentro do quadro do nos- 
Que vis̃o ńs temos para o de- so desenvolvimento tuŕstico, 
“O encontro tem como objectivo promova o investimento estran- em particular da ilha do Maio.” 
senvolvimento da nossa ilha?
discutir qual o modelo que mais geiro e o investidor estrangeiro 
conv́m para o desenvolvimento entende que h́ boas condĩ̧es Cabo Verde ño tem condĩ̧es 
A nossa vis̃o recai sobre o de criar um turismo igual as 
da Ilha do Maio relativamente ao para aplicar o seu capital e tirar Seychelles, mas podeŕ inspirar 
desenvolvimento inclusivo, turismo. E referiu as recomen- os seus dividendos.
harmonioso, sustent́vel, re- dã̧es da Organizã̧o Mundial na experîncia deles para uma 
sultantes de poĺticas ṕblicas das Nã̧es Unidas para o tu- Por isso mesmo que os inves- criar as nossas ofertas tuŕs- 
que sejam capazes de harmo- ticas, dentro das nossas limi- 
rismo, mais sustent́vel e mais tidores v̂m a Cabo Verde para tã̧es ambientais e at́ onde 
nizar o crescimento ecońmico, harmonioso, mais seguraņa, investir porque existem condi- 
(a quest̃o do emprego), maior mais inclusivo e que promova ̧̃es b́sicas para aplicar o in- podemos posicionar Maio num 
din̂mica ecońmica, a justi̧a
turismo balnear.”
riqueza para as populã̧es. A
vestimento.”



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