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Personalidades do Turismo
da concep̧̃o, planeamento, desenvolvimento entre Ilhas gens e de Turismo e as empre- seguintes equiĺbrios:
organizã̧o e funcionamen- e entre regĩes da mesma Ilha sas nacionais de Plataformas
to da atividade ecońmica. O torna-se cŕtica.
de Informã̧o, a interã̧o di- 1. Equiĺbrio Social;
que sup̃e a criã̧o de novos reta entre o consumidor nal e 2. Equiĺbrio Ambiental;
instrumentos e novos proce- Trago at́ v́s algumas re e- a oferta», ́ determinante para 3. Equiĺbrio Ecońmico;
dimentos, distintos dos tradi- x̃es que apresentei h́ cerca qualquer estrat́gia e plane- 4. Equiĺbrio Demogŕ co.
cionais.
de um m̂s num f́rum na ilha amento do turismo, no todo
do Fogo sobre a capacidade nacional e em qualquer ilha, De tal forma que os atuais ci-
De notar que a dispers̃o do do sector do turismo criar va- se quisermos que o Turismo dad̃os e cidad̃s se sintam
feńmeno tuŕstico pelo todo lor e das condĩ̧es em que seja SUSTENT́VEL E COM- bem com o turismo que acon-
nacional, a par da concentra- uma parte signi cativa deste PETITIVO.
tece, com a garantia de que,
̧̃o em duas ilhas, por um valor criado podeŕ car em com elevada probabilidade,
lado, facilita a uni cã̧o do Cabo Verde.
A repartĩ̧o do valor a criar o mesmo aconteceŕ com as
mercado interno, uma vez que pelo sector do turismo, entre gerã̧es que se seguir̃o.
tamb́m o turista passa a ir ter Neste f́rum, dizia que o tu- o pás ou regĩo, e os opera-
com o potencial fornecedor rismo ́ uma atividade globa- dores externos, depende em Estes equiĺbrios ño s̃o es-
em cada ilha, mas por outro lizada e com a Distribuĩ̧o a larga medida da compreens̃o pont̂neos e sup̃em o plane-
lado, torna mais complexo o assumir o papel de ĺder da re- e da relã̧o – din̂mica – que amento do que se pode e do
processo.
lã̧o entre a Procura e a Ofer- se conseguir estabelecer en- que ño deve ser feito, bem
ta, com uma relã̧o din̂mica tre estes quatro fatores.
como, em conseqûncia, do
Nomeadamente, sup̃e:
e em permanente evolũ̧o, que se pretende fazer.
entre os seguintes agentes:
De notar que em Cabo Verde
O bem-estar das faḿlias e das
Um pŕvio planeamento da esta repartĩ̧o ́ francamen-
carga tuŕstica no todo nacio- a)As chamadas grandes Ope- te desfavoŕvel ao pás e aos comunidades, a criã̧o de
nal e em cada ilha ou regĩo radoras ou Aĝncias Globais operadores nacionais e das emprego, a gerã̧o de opor-
(quartos/camas para o pás; de Turismo.
regĩes onde o feńmeno tu- tunidades e a criã̧o, pŕvia e
quartos/camas para cada ilha ŕstico acontece.
em seqûncia, das condĩ̧es
e dentro da ilha para cada re- b)As grandes Plataformas que permitem aos nacionais e
gĩo; do no de turistas/ano, Globais de Booking.
Ouso dizer que, no caso de um aos que vivem em cada regĩo
para o pás, ilha ou regĩo).
pequeno pás como Cabo Ver- tirar partido dessas oportuni-
c)As Aĝncias Nacionais de de, quanto maior o peso do pe- dades: no emprego, nos neǵ-
Um pŕvio Programa de Pa- Viagens e de Turismo e as Em- queno e do empreendimento cios, na inovã̧o.
triotismo Ecońmico, de presas Nacionais de Platafor- familiar, maior a fatia do valor Finalmente, sublinhe-se que
apoio ̀ iniciativa empresarial mas de Informã̧o.
que caŕ no pás, resultante num pás com uma singula-
nacional, a par do Programa do sector do turismo. Nome- ridade cultural pronunciada
de Atrã̧o do Investimento d)A crescente relã̧o direta adamente, porque a singulari- como Cabo Verde, mesmo
Externo. A pŕvia de nĩ̧o entre a oferta (prodũ̧o na- dade da nossa cultura e hist́- que o centro de gravidade da
da dimens̃o ́tima dos em- cional e local) e o consumidor ria car̃o mais expostas.
prodũ̧o da oferta cultural
preendimentos por regĩo, em nal.
e hist́rica se situe nos em-
fuņ̃o da sustentabilidade e Por m, Cabo Verde necessita preendimentos pequenos e
da inclus̃o. O qũo pŕximos A relã̧o din̂mica entre es- de um Turismo Inclusivo, isto familiares, o conjunto do mer-
ou afastados deveremos car tes quatro fatores, isto ́, «as ́, que bene cia a todos, em cado – incluindo os grandes
da repartĩ̧o equitativa (50% grandes operadoras, as gran- termos et́rios, de ǵnero, de e ḿdios empreendimentos
- 50%) entre, por um lado, os des Plataformas de Booking, estrato social e das regĩes e – ganha em qualidade e origi-
grandes e ḿdios empreendi- as Aĝncias nacionais de Via-
que acontece respeitando os
nalidade
mentos e, por outro lado, os
pequenos empreendimentos
e os empreendimentos fami-
liares.
Uma ateņ̃o particular aos
equiĺbrios demogŕ cos e ̀
sincronia do desenvolvimento.
Sobre a quest̃o Demogŕ ca,
permitam-me sublinhar a im-
port̂ncia das Universidades,
nomeadamente no tocante ̀
necessidade de um Observa-
t́rio Demogŕ co, que seja
capaz de antecipar e prevenir
tend̂ncias, e sugerir poĺticas
ṕblicas adequadas. Liga-
da ̀ quest̃o demogŕ ca, a
necessidade da sincronia de
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