Page 6 - REVISTA TURIMAGAZINE XXI
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Figuras do Turismo









A Vantagem 




Competitiva



da Integrã̧o da 



Sustentabilidade 



na Cadeia de Valor



Ant́nio Ośrio 

D
Advogado | Consultor Juŕdico
e acordo com o Modelo quenas e ḿdias empresas concorrentes e destinos. 
Térico de Porter (1985), continuam a ter um grande Quando uma empresa fornece 

a vantagem competitiva
peso nesta ind́stria.
um valor ́nico ao cliente, nes- 
ño pode ser compreendida Neste contexto, a cooperã̧o te caso ao turista, consegue 
analisando uma organizã̧o e o funcionamento em rede diferenciar-se dos restantes 
ou um sector como um todo, das empresas tuŕsticas den- concorrentes. Segundo Porter 

sendo fundamental conhecer tro da cadeia de valor pode (1985), os condutores de cria- 
as suas actividades consti- representar uma vantagem ̧̃o de valor ́nico s̃o:
tuintes e a contribuĩ̧o de competitiva, principalmente 

cada uma para a criã̧o de para as pequenas empresas, 1.As escolhas poĺticas rela- 
valor e cada uma poder con- mais senśveis e vulneŕveis cionadas com as actividades 
tribuir para a sua posĩ̧o em ̀ concorr̂ncia. Um agrupa- e com o desempenho das em- 
termos de custos e para a mento de empresas pode de- presas;

criã̧o de uma base de dife- marcar uma regĩo como um 
renciã̧o.
segmento de mercado, como 2.As ligã̧es entre as empre- 
por exemplo o ecoturismo, tu- sas que afectam o desempe- 
A desagregã̧o da cadeia rismo rural, turismo de vinhos, nho rećproco;

de valor pode ser importante etc., e aumentar a capacidade 
para identi car quais as acti- dos operadores para inova- 3.O tempo, isto ́, a primeira 
vidades estrategicamente re- rem.
empresa a chegar ao merca- 

levantes.
do pode conseguir mais facil- 
A vitalidade e competitivida- mente oferecer um valor ́ni- 
A ind́stria do turismo envolve de da ind́stria tuŕstica est́ co, uma vez que tem poucos 
um pacote de v́rios servi̧os, muito relacionada com a com- concorrentes;

incluindo servi̧os a montante petitividade individual de cada 
e a jusante, tais como aĝn- empresa do sector, existindo 4.A localizã̧o pode ser outra 
cias de viagens, operadores uma correlã̧o entre a sus- fonte de diferenciã̧o;

tuŕsticos ou e-turismo, paco- tentabilidade da atractividade 
tes de transportes, alojamen- desta ind́stria e a competiti- 5.Os inter-relacionamentos 
to, alimentã̧o e bebidas, vidade relativa de cada empre- podem criar sinergias na cria- 
servi̧os de lazer (excurs̃es, sa do sector.
̧̃o de diferenciã̧o;

eventos culturais e desporti- 
vos, visitas, actividades des- Neste contexto, em cada seg- 6.A aprendizagem atrav́s de 
portivas, servi̧os de sáde e mento, as empresas podem melhorias sucessivas de de- 

bem-estar, entre outros).
recorrer basicamente a duas sempenho;
vantagens competitivas: bai- 
A ind́stria do turismo tem ca- xo custo e diferenciã̧o. Ac- 7.A integrã̧o quando facilita 
racteŕsticas particulares. V́- tualmente as empresas pro- o controlo e a coordenã̧o 

rios ramos da ind́stria tuŕsti- curam conciliar estas duas das actividades;
ca (ex: linhas áreas, cadeias estrat́gias.
de hot́is, operadores tuŕs- 8.A escala em que as empre- 

ticos e aĝncias de aluguer A sustentabilidade pode con- sas operam in uencia o seu 
de viaturas), est̃o altamente tribuir para a redũ̧o de cus- desempenho, ou seja, e e - 
concentrados e agem como to e simultaneamente criar cîncia pode ser potenciada 
actores globais, enquanto pe-
diferenciã̧o face a outros
pela exist̂ncia de economias



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