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Reportagem







ser aplicadas na constrũ̧o de habitã̧es condignas pargos, 18 quiĺmetros de Santa Maria.

para os trabalhadores cabo-verdianos do produto tuŕsti- 
co para que possam usufruir de melhor qualidade de vida, Ficamos tamb́m com a impress̃o e com a certeza de 
sentindo-se ́teis na constrũ̧o de um turismo sustent́- que o turismo da Ilha do Sal foi constrúda com  nancia- 

vel em Cabo Verde.
mento estrangeiro, em que Estado Cabo-verdiano recebe 
impostos e taxas tuŕsticas das estadias daqueles que vi- 

Apesar do Sal ser o melhor expoente tuŕstico no pás, ́ sitam o nosso pás, e que pressup̃e ño se “preocupar” 
necesśrio criar infraestruturas de formã̧o tuŕsticas, com outras val̂ncias de desenvolvimento da Ilha do Sal, 

tal com a Escola de Hotelaria sediada na Ilha para forma- das suas gentes e do bem-estar social da populã̧o sa- 
̧̃o de novos valores e agentes tuŕsticos de qualidade lense.
que o turismo salense e quí̧ cabo-verdiano exigem nes- O problema tamb́m de baixos saĺrios na Hotelaria, em 

te atual momento.
particular e em geral em toda a empregabilidade tuŕstica,


Pelo desenvolvimento e pelo rumo que o turismo cabo- 
-verdiano est́ a tomar, s̃o necesśrios plani car e or- 

ganizar toda a estrutura hoteleira, com a criã̧o de uma 
Associã̧o de restaurantes e similares e Associã̧es 
de Hot́is de Cabo Verde com o objetivo de defender os 

interesses desses neǵcios, projetar um plano de rees- 
truturã̧o ̀ todos os ńveis de forma coordenada e em 

sintonia com as aspirã̧es que se pretende do turismo 
sustent́vel que se quer implementar no pás.


Na visita que a Turimagazine fez a ilha do Sal, notou que a 
Ilha cresceu demogra camente, mas parou no tempo em 

quest̃o infra-estrutural e cultural.


́ not́ria a falta de sintonia entre os agentes ecońmicos nomeadamente na constrũ̧o das infraestruturas tuŕs- 
tuŕsticos,  camos com a impress̃o e com a con rma- 
̧̃o pelos agentes tuŕsticos que cada um zela pelo seu ticas e a ns.

neǵcio e constŕi a sua infra-estrutura hoteleira sem se O povo da Ilha do Sal mant́m pacientemente, observa- 
importar com o vizinho, ou seja sem enquadramento tu- 
do o desenrolar do desenvolvimento tuŕstico que se tem 
ŕstico, ambientais, com o que j́ existe, etc. E ́ por isso evolúdo.
que deve existir as organizã̧es tuŕsticas, que com a 

Autarquia projecte um plano estrat́gico para o turismo Por isso, ́ necesśrio um bom planeamento, direcionado 
na Ilha do Sal.
ao desenvolvimento da comunidade, criando infra-estru- 

turas socioecońmicas que podem sustentar o desenvol- 
vimento da ilha, e tudo isso pode realizar-se, pondo os





















A populã̧o salense ño bene cia de uma rede de trans- 
portes ṕblicos. Ño existem. O que existe s̃o transpor- 
interesses da ilha e do pás acima de tudo, criando uma 
tes denominados em Cabo Verde de Hiace, que no Sal 
substituem os transportes ṕblicos (autocarros). Para unĩo mais forte, segura e mais sincera. A populã̧o do 
se deslocar para qualquer localidade, a viagem feita de Sal tem esperaņa de ter uma vida condigna com as suas 
aspirã̧es.
Hiace ou T́xis. A maioria da populã̧o que trabalha no 
Turismo ño habitam em Santa Maria por ser uma zona 

tuŕstica cara, o que os obriga a residir na cidade de Es-


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TURIMAGAZINE - JULHO DE 2017


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