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Reportagem





ajudar na promõ̧o do caf́, 
dado que tem havido pouco 
investimento na cultura do 

caf́ e por isso pediu que o PR 
interceda junto do Governo.


Na auŝncia do Presidente da 
Ĉmara Municipal dos Mos- 
teiros, coube o Presidente 
substituto, Jaime Monteiro 

tecer algumas considerã̧es 
sobre o evento. Comȩou por 
dizer que este festival ́ uma 
oportunidade de reunir ele- 

mentos deste setor agŕcola 
para partilha de contatos e 
rever tamb́m amigos. Para a 

Autarquia, Fogo Coffee Fest ́ 
um compromisso ousado, por- 
que pretendem que o caf́ do 
Fogo seja reconhecido como 

patriḿnio nacional e tam- interesse nesse mercado, da tempos, cultivaram os seus 
b́m cultural pela UNESCO.
qual a pŕpria FAO, Organiza- cafezais, cujo caf́ foi sempre 

̧̃o das Nã̧es Unidas para muito procurado e apreciado. 
Com isto pretende-se atrair Agricultura e Alimentã̧o Ou seja, Cabo Verde foi sem- 
o Turismo porque o caf́ do revelou em seus estudos, o pre conhecido pela qualidade 
Fogo renasceu como produto potencial das caracteŕsticas do seu caf́, e como tendo 
de qualidade e pode incenti- 
deste caf́, e as suas pos- um dos melhores do mundo. 
var os operadores tuŕsticos sibilidades de sucesso em Mas durante muitos anos, 
no circuito internacional e ́ mercados exigentes, como o foi com muita tristeza que vi- 
um produto tuŕstico vocacio- 
europeu.
mos envelhecer os cafezais 
nado para o Turismo Rural de algumas das nossas ilhas, 
e Cultural. O grande anseio Tal signi ca que, no que res- chegando mesmo, em alguns 
desta autarquia ́ a criã̧o peita ao crit́rio decisivo das dos casos, a desaparecer por 
do Museu do Caf́ para salva- 
condĩ̧es naturais e resulta- completo.
guardar a sua sustentabilida- dos qualitativos, estamos no 
de e atrã̧o tuŕstica, atrav́s bom caminho, faltando ape- Mas hoje, renovamos a espe- 
de roteiro das zonas altas dos nas a aposta no fortalecimen- raņa com exemplos como 

Mosteiros.
to da capacidade t́cnica dos o dos Mosteiros, onde est́ 
nossos produtores e no apri- vincada esta aptid̃o natural 
Para fechar os discursos da moramento da rede de venda para o cultivo do caf́.
inaugurã̧o do Fogo Coffee 
e exportã̧o.
Fest, o Presidente da Reṕ- recordarmos que o Morgadio Fazemos votos para que as 
blica, Dr. Jorge Carlos de Al- O Presidente da Reṕblica re- de Monte Queimado, a maior novas gerã̧es possam des- 
meida Fonseca comȩou por cordou os tempos ́ureos em cobrir o qũo ́til e lucrativa 
propriedade uni cada de pro- 
dizer que ́ uma honra parti- que se exportava o caf́ do dũ̧o de caf́ na ilha do Fogo esta actividade pode ser, e os 
cipar na V Edĩ̧o do Festival Fogo para a Śria e que, nos (situado nos Mosteiros), foi benef́cios que dela poder̃o 
do Caf́ do Fogo, no Concelho paĺcios europeus, se servia j́ contemplada, por diversas resultar para a regĩo, para a 
dos Mosteiros, e que traz a 
caf́ da Ilha com uma etique- vezes, com pŕmios interna- ilha e para o pás, de uma for- 
esta bela regĩo convidados ta “caf́ do Fogo” assinalando cionais, tendo mesmo arreca- ma geral.
de v́rias paragens. E foi com aos convidados o priviĺgio dado a Medalha de Ouro da 
prazer que pode participar em que estavam tendo ao apre- O futuro passa, assim, pela 
Exposĩ̧o Colonial no Porto, 
algumas atividades que fa- ciar.
em 1934, produzindo aquele recuperã̧o e dinamizã̧o 
zem parte do rico programa que foi considerado, na ́poca, da prodũ̧o do caf́ em todas 
apresentado pela Autarquia.
Na verdade, nos anos sessen- “O melhor caf́ do Imṕrio”. as regĩes onde existe esse 

ta, a exportã̧o do Caf́ Aŕ- Em 1954 o caf́ de Fogo teve potencial, numa articulã̧o 
Maŗo, colheita do caf́, a cul- bica deu ̀ Ilha do Fogo uma outra distiņ̃o, na grande ex- com todos os agentes envol- 
tura do caf́ e referiu a aposta relev̂ncia na economia da posĩ̧o da ́ndia Portuguesa.
vidos, ecońmicos e ṕblicos. 
na valorizã̧o do caf́ e esta Prov́ncia.
Ś assim se podeŕ aumentar 

iniciativa ́ a prova daquilo Para  nalizar o seu discurso, a competitividade e relaņar 
que deve ser feito no setor De acordo com o Presidente Dr. Joś Carlos Fonseca, disse uma prodũ̧o que j́ foi mais 
agŕcola em cada regĩo.
da Reṕblica, o caf́, produto que no Fogo (nas zonas h́- pujante, mas que ainda tem 

que ńs todos praticamente midas de Mosteiros), em San- muito para dar e representar 
Neste caso concreto do Caf́ consumimos todos os dias, ́ tiago, Santo Ant̃o, S. Nicolau um ganho signi cativo na 
do Fogo, j́ reconhecido inter- cultivado nas nossas ilhas h́ e na Brava, muitas foram as balaņa comercial do nosso 
nacionalmente que suscita
pelo menos 200 anos. Basta
pás.
faḿlias que, ao longo dos



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